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quarta-feira, 19 de agosto de 2009



O GNOMO JACINTO



Em algum ponto da floresta,

o pequeno gnomo Jacinto chorava enquanto

conversava com o sábio Gnomo-mestre...

- Quando lembro de tudo o que já me aconteceu

sinto o chão me faltar.

Fico tonto, sabe?

Por que será que sofro tanto?

Será que, por algum motivo,

a Fada da Sorte escolheu caminhos

distantes dos meus?

Será que todos os contratempos a mim

destinados resolveram acontecer de

uma só vez?

Mestre, já não suporto viver assim...

O Gnomo-mestre, que reunia folhas numa

pequena cabaça, olhou para o aprendiz

e disse:

- Meu pequeno Jacinto, percebes

o que acontece com as lágrimas

que derramas?

- Como assim Senhor, eu não compreendo

o que dizes.

Apontando para algumas áreas da mata,

o velho e experiente gnomo respondeu:

- Olha com atenção.

Por todo o caminho espalham-se flores

justamente nos lugares onde tens vertido

teu pranto.

Tuas lágrimas mágicas tem feito brotar



lírios, papoulas e perfumadas alfazemas

nos lugares onde caem.

Jacinto olhou ao redor e falou demonstrando

admiração e um certo aborrecimento:

- Mas então... quer dizer que o meu destino

é sofrer para fazer a floresta se encher de cor

e perfume?

É preciso que meu coração morra

aos poucos para a Natureza

se encher de vida?

Isso não é justo!

Com toda a tranquilidade, o Gnomo-mestre

respondeu:

- Os olhos vêem o que querem ver.

O coraão sente o que quer sentir.

Então é essa a interpretação que fazes?

Se o teu sofrer, meu pequeno, faz brotarem



as flores mais belas, o que poderia então

surgir do teu sorriso luminoso?

Se transformas o verde da floresta num tapete

multicolorido quando choras, o que poderia acontecer

no momento em que espalhasses a alegria?

Não será esse o momento de mudar a semente

que espalhas?

Percebes o poder que tens nas mãos?

A dor cumpre o seu papel e tem sua razão de ser.

Sim, deve ser vista.

Mas os olhos não podem se fixar nela

por muito tempo, senão perdem a chance de ver

o crescimento que ela própria fez acontecer.

As orelhas do gnomo Jacinto se movimentavam

enquanto recebiam as preciosas orientações

do sábio, como se não quisessem deixar escapar

uma única palavra.

Seus olhos, agora mais atentos, notaram que

uma luz começava a brilhar em seu peito.

Teve vontade de sorrir mas estava difícil,

uma vez que sua boca tinha perdido

esse hábito.

Portanto fez um esforço e logo, logo,

seus dentes estavam à mostra.

Foi aí que algo incrível aconteceu:

quanto mais ele ria mais crescia.

Crescia e crescia.

Quem jamais poderia imaginar que Jacinto

era um gigante?

Aquele pequeno gnomo era agora um gigante

grandalhão e sorridente.

Ele continuou rindo e sua risada ecoava

nas montanhas e se transformava em música;

música mágica que curava os passarinhos

feridos e as plantinhas doentes.

De uma hora para outra a floresta era

só brilho e festa.

Jacinto procurou o Gnomo-mestre

para agradecer,

mas não conseguia mais enxergá-lo.

E foi então que, fechando os olhos,

ouviu uma voz que dizia:

- Há e sempre haverá uma forma mais doce

de viver.

O sofrimento, no momento em que é percebido

como sofrimento, já está no ponto derradeiro

da sua função e precisa ser substituído por

uma outra semente.

Agradeça as lágrimas do passado

e diga-lhes adeus.

O momento agora é de focalizar os sorrisos

do futuro.

Há e sempre haverá uma forma mais

doce de viver.

Autor desconhecido

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